Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2012

Quando a mente mente

As distorções cognitivas são maneiras que a nossa mente arranja de convencer-nos de algo que não é realmente verdade.Todos estamos sujeitos a eventos desta natureza, uns mais outros menos. Uns com mais frequência, outros com menos. Em alguns casos, quando os pensamentos fogem ao controle e se transformam num ciclo doloroso de repetição, acarretando limitação e sofrimento psicológico, é necessário procurar ajuda profissional. Estes pensamentos imprecisos são normalmente utilizados para reforçar o pensamento e/ou emoções negativas, dizendo-nos coisas (nosso diálogo interno) que parecem racionais e precisas, mas na verdade só servem para fazer sentir-nos mal acerca de nós mesmos e dos outros. Foi o psicólogo Aaron Beck que popularizou as distorções cognitivas. São elas: *Filtragem ou Visão em Túnel Focamos os detalhes negativos e os aumentamos, enquanto filtramos todos os aspectos positivos de uma situação. A visão da realidade torna-se distorcida. *Pensamento polarizado (tu

Amor na Rede

S.S- Tenho 46 anos, divorciada, uma filha com quem moro. Há sete meses conheci um homem pelo internet, ele tem 40 anos e é também divorciado. A nossa identificação foi tanta que nos primeiros dias conversávamos todos os dias, depois ele começou a me telefonar.Ele é um homem muito inteligente, gentil, tem muitas qualidades... me apaixonei por ele e contei-lhe sobre o meu sentimento. Ele  disse que entende o que está acontecendo, respeita o que sinto, mas não pode se envolver em um relacionamento.    Há um mês a situação ficou insustentavel e pedi a ele para conversarmos somente pela internet. Ele ficou surpreso, mas concordou, dizendo que quer o que for melhor pra mim.  Mas logo depois começou a me mandar mensagens dizendo que tinha muita vontade de falar comigo ao telefone, tinha ficado viciado... voltei atrás na minha decisão. Preciso sair, conhecer pessoas, permitir que alguem me conheça! quem sabe posso assim superar isso? A minha questão é: será que esse homem também se apaix

O trauma como herança

Pais com dificuldades psicológicas decorrentes de traumas não tratados prejudicam o desenvolvimento dos filhos, netos e bisnetos.  Algumas pessoas carregam sequelas da infância e adolescência e só conseguem superar o trauma na idade adulta, interrompendo o ciclo do sofrimento aos descendentes. Os traumas psicológicos podem acometer qualquer pessoa, de crianças a adultos, podendo gerar prejuízos severos a qualidade de vida quando não identificados e tratados a tempo. Quando não há tratamento, os traumas atingem não só quem sofreu o evento doloroso, mas também os mais próximos. Pais com transtornos psicológicos decorrentes de traumas podem replicar o trauma na relação com seus filhos estendendo os prejuízos por várias gerações. Os chamados “pais tóxicos”, que agridem física e psicologicamente, tal como foram agredidos anteriormente, causam sequelas que podem se arrastar por toda a vida de seus filhos, netos e bisnetos. Mesmo quando os pais alternam atitudes carinhosas e agressivas, o

Segredos e Mentiras

R.- Tenho 31 anos, 2 filhos e estou casada ha 14. Ha 2 meses me separei, Meu marido é militar, trabalhou durante 2 anos em outra cidade e se envolveu com outra mulher... ela é formada em psicologia e eu não sou formada em nada. Durante este tempo fiquei cuidando da minha casa... Ele nunca me privou de estudar, eu mesma que não me empenhei. Ela tambem é casada, mas no momento está separada. Eles continuam conversando no face, não tenho acesso as mensagens, mas vejo que eles se falam sempre. Ele tambem conversa com outras mulheres. Na verdade eu me separei porque peguei ele conversando com outra mulher... Fiquei tão nervosa que quebrei o computador e coloquei ele pra fora e desde então estamos separados. Mas nestes dois meses eu transei com ele 2 vezes...não consigo viver sem ele... a separação é o melhor pra mim, mas não consigo deixar de querer ele, de sentir sua falta. Acho que ele mente pra mim o tempo todo, e que ele nunca ira mudar. Ja trai, por achar que ele tava fazendo o mes

APRENDER PELA DOR ou RESILIÊNCIA

Tenho acompanhado pessoas enfrentarem um câncer, e mesmo depois de todo sofrimento, marcadas fisicamente, voltarem a viver com mais garra que antes, cheias de alegria, de entusiasmo e gratidão pela vida. Tenho acompanhado casais resgatando a paz e as delicias do amor reciproco, mesmo depois de enfrentar uma crise onde sofreram a devastação de um vicio ou de uma traição. Tenho acompanhado pessoas de todas as faixas etárias renascerem mais fortes que nunca, mesmo tendo suportado todas as angustias e terrores imagináveis de um passado de atrocidades, de abusos, abandonos, maus tratos e violência de toda ordem por parte de pais, companheiros ou eventos traumáticos. E  nessa minha vivência profissional, onde se mistura técnica com amor, cada vez mais aprecio o conceito de RESILIÊNCIA : a capacidade de ASSIMILAR e superar adversidades. Um amigo meu presenteou-me com uma metáfora sobre o boxe, um esporte duro e violento que nos lega de forma muito especial o conceito de assimilaç

Hipocondria o que é ?

Hipocondria o que é ? É a crença persistente na presença de pelo menos uma doença física grave, progressiva com sintomas determinados, ainda que os exames laboratoriais e consultas com vários médicos assegurem que nada exista. Como é ? Os hipocondríacos normalmente sentem-se injustiçados e incompreendidos pelos médicos e parentes que não acreditam em suas queixas, que não levam seus argumentos a sério e irritam-se com o descaso.Por este motivo costumam consultar vários médicos.  Por outro lado resistem em procurar ajuda psicológica, sentindo-se até ofendidos com tal sugestão, quando não há suficiente diálogo com o clínico que o acompanha.  Muitas vezes as queixas mudam de uma doença para outra, obcecados com a certeza de que existe algo errado com sua saude. Pesquisam compulsivamente as doenças, as bulas de remédio, e sempre estão atentos a artigos publicados sobre o assunto. Tratamento Não existe medicação para hipocondria. Acredita-se que psicoterapia pode ajudar quan

Amor Patológico

Homens ou mulheres sofrem mais de Amor Patológico?Talvez o Amor Patológico seja aparentemente mais frequente na população feminina porque as mulheres se queixam mais. As mulheres são mais honestas ao relatar que sofrem, que são obsecadas ou "viciadas" pelo parceiro, ou que deixam de viver a própria vida para viver pelo outro. Além disso, as mulheres costuma m dar maior ênfase aos comportamentos amorosos, tais como as atividades mútuas, ocasiões especiais, presentes, abnegação e sacrifícios pelo relacionamento. Sabe-se, porém, que tanto homens como mulheres podem sofrer de amor patológico. CARACTERÍSTICAS DA PESSOA QUE VIVE UM AMOR PATOLÓGICO : 1. Vem de um lar desajustado, em que suas necessidades emocionais não foram satisfeitas. 2. Como não recebeu um mínimo de atenção, tenta suprir essa necessidade insatisfeita através de outra pessoa, tornando-se superatenciosa, principalmente com parceiros aparentemente carentes. 3. Como não pode transformar seus pais nas pessoas at

Cartão de crédito é bom para a auto estima ?

Cartão de crédito é bom para a auto estima ? Sim!  E é aí que mora o perigo ! Quando nossa auto estima se vê ameaçada, tendemos a comprar mais e a usar o cartão de crédito, segundo estudos. Os mesmos estudos indicam que quando nos sentimos mal por acharmos que não fizemos bem alguma tarefa, ou porque alguém nos disse que lhe decepcionamos, tendemos a fazer gastos com o cartão de crédito, especialmente para adquirir produtos caros, supérfluos ou de luxo.  Isso significa que nos sentirmos ameaçados faz com que vejamos uma compra com novo olhar ? Ou talvez adquirir um objeto do desejo conseguiria "consertar" nossa auto estima danificada ? Os psicólogos tendem pela segunda opção e advertem que estas compras são realmente  eficazes para nos reafirmarmos psicologicamente. Trocando em miúdos: a compra de um objeto especial  (quase sempre desnecessário)  realmente ' conserta' a baixa auto estima.  E, justamente por isso recomendam cuidado, já que em certas circuns

Psicanálise altera a conexão dos neurônios

Hoje, com as novas noções da integração mente-corpo baseadas nas neurociências, a psicoterapia tem que ser considerada parte dos recursos médicos no tratamento de doentes. Quando um trauma afetivo gera um estado bioquímico capaz de se manifestar por um quadro clínico é óbvio que a condição psicológica faz parte dos sinais e sintomas definidores da doença em foco. Nessa situação, tratar só o efeito no físico- com o uso de medicação- vai deixar a origem intocada e, logicamente, a possibilidade aberta para a manutenção do distúrbio ou seu ressurgimento. Portanto, os cuidados devem ser dirigidos tanto ao corpo atingido quanto ao psiquismo abalado.  Os pensamentos influenciam a função cerebral e, por outro lado, a constituição física do cérebro condiciona a capacidade de pensar. O Dr. Daniel G. Amen, no livro Transforme Seu Cérebro, Transforme Sua Vida  já relatou que, por meio da tomografia computadorizada, pode verificar que muitos distúrbios psicológicos, como ansiedade, depres

Podemos mudar na maturidade..se quisermos !

A velha ideia – presente não só no senso comum mas na Medicina e na Psicologia – de que não podemos mudar nossas características de personalidade com o passar do tempo vem cada vez mais caindo por terra. Nos últimos anos descobertas fundamentais no campo da biologia e das neurociências estão provando que tanto o cérebro como a mente humana podem se rearranjar de maneira extrema. As pessoas podem se reinventar em qualquer estágio da vida. Traços negativos de personalidade são relativamente fáceis de mudar em qualquer idade. Características como a timidez, a teimosia, a dificuldade de concentração e de relacionamento, o temperamento explosivo, a impaciência, a frieza emotiva e o pessimismo podem, com algum treinamento e aprendizado, serem atenuadas e até vencidas totalmente. E a idade não é um fator inibidor de mudanças mas, essencialmente, um estímulo para ela. As pesquisas recentes sobre o Desenvolvimento Adulto mostram que grande parte das potencialidades humanas só se manife

Como evitar a auto-sabotagem

Em entrevista, o psicanalista americano Stanley Rosner revela como funcionam os ciclos negativos de repetição, que levam a problemas no casamento, na relação com pais e filhos e no trabalho, e conta a história de alguns de seus pacientes Todos os seres humanos têm padrões de repetição - a maioria, irracionais. Alguns calçam o pé direito sempre antes do esquerdo, ou vice-versa, outros sempre dão topadas nas mesmas quinas dos móveis ou gostam de comer determinados alimentos antes de outros. Quando são acontecimentos corriqueiros, não há grande importância. O problema é quando a repetição é destrutiva. “São compulsões que levam indivíduos à beira da loucura e destroem vidas - as suas próprias e as de outros”, diz o psicanalista freudiano americano Stanley Rosner. Com quarenta anos de experiência, Rosner detectou esse tipo de comportamento em muitos de seus pacientes. ÉPOCA - O que é o ciclo da auto-sabotagem?  Stanley Rosner - É a tendência a se repetir, indefinidamente, atit

A dor de quem ama demais

Todo mundo conhece mulheres que amam demais - são aquelas que desabam quando os homens vão embora. Ainda que elas vivam reclamando do sujeito, desmoronam no momento em que ele as deixa: não conseguem trabalhar, não conseguem dormir, não conseguem viver. Os amigos acorrem, a família se alarma, médicos são acionados. Mas nada é capaz de ajudá-las, nem ninguém. O desejo de viver parece ter sido levado pelo cara que foi embora. Tudo o que elas conseguem fazer é pensar nele. Mulheres que amam demais são obcecadas. Conheci um rapaz que se envolveu num enredo desses. Depois de um ano de namoro disfuncional – muita briga, um monte de sexo e nenhum plano em que coubessem os dois – o cara resolveu que era hora de terminar. Achou que a moça, que vivia reclamando dele, receberia a notícia sem surpresa, até com alívio. Qual nada. Assim que ele anunciou que não queria mais, ela sucumbiu. Não ali, na frente dele. Começou no dia seguinte, ao telefone: parecia outra pessoa, de tão abatida. D

Dicas para os (incautos) apaixonados

Tenho certeza que se lembra da última vez que você se apaixonou. É o estado de sonho maravilhoso quando você sente que tudo é possível. É fácil reconhecer os outros que também estão sob o feitiço de estar apaixonado. Eles andam por aí com confiança e devaneio.Têm certeza de que encontraram um tesouro. Não há limites para o que eles possam fazer. A vida fica perfeita.  Por mais que eu não queira acabar com toda essa alegria, há algumas coisas a observar durante o fenomeno, sob a feitiço da primeira fase. Aqui estão algumas coisas que devem ser consideradas para que você navegue por essas águas selvagens.  1. Lembre-se :você está sob a influência dos hormônios. Esses hormônios produzem uma sensação de intoxicação - sim, intoxicação, assim como qualquer droga que mantém a mente alterada.  2. Este sentimento temporariamente faz você sentir-se completo. E enquanto você se sentir assim, não é real. Uma vez que você saia desta fase, ainda terá de lidar com o seu vazio, medos e desej

Síndrome de Alienação Parental

O que é a Síndrome de Alienação Parental ? Também conhecida pela sigla em inglês PAS, é o termo proposto por Richard Gardner em 1985 para a situação em que a mãe ou o pai de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao outro genitor. Os casos mais freqüentes da Síndrome da Alienação Parental estão associados a situações onde a ruptura da vida conjugal gera, em um dos genitores, uma tendência vingativa muito grande. Quando este não consegue elaborar adequadamente o luto da separação, desencadeia um processo de destruição, vingança, desmoralização e descrédito do ex-cônjuge. Neste processo vingativo, o filho é utilizado como instrumento da agressividade direcionada ao parceiro. Isto é a síndrome de alienação parental: programar uma criança para que odeie o genitor.  A lei prevê medidas que vão desde o acompanhamento psicológico até a aplicação de multa, ou mesmo a perda da guarda da criança a

Mulheres infelizes no amor

Não está bem claro por que motivos, mas a mulher é mais representada nessas situações do que o homem. Ou porque homens são mais discretos quanto à revelação dos sentimentos ou porque a natureza feminina não resiste tão bem à vida solo e aos sentimentos de rejeição e abandono. Até agora, estávamos habituados a entender a dependência amorosa das mulheres como um reflexo da sua dependência econômica. Atualmente, ficamos surpresos ao descobrir que, afinal, muitas mulheres bem sucedidas e economicamente independentes, sofrem por depender de um par amoroso tal como as suas antecessoras do século XIX.  O contraste entre o sucesso profissional e a fragilidade emocional é surpreendente. A predisposição para o sacrifício e o sofrimento por amor é uma característica tipicamente feminina.  Não importa o que conseguimos atingir em todos os outros aspectos da nossa vida. Quando um homem entra em cena, tudo se modifica. Mas isto é uma tendência, é bem diferente de acharmos que somos obrigadas

Compulsão por Compras

Por que tantas pessoas no mundo sofrem com o impulso irresistível de fazer compras? Na verdade, o sofrimento não é sentido durante o ato, e sim, logo após o mesmo. Esse comportamento chama tanta atenção, que já criaram novas expressões: “viciados em compras”, “shopaholics” ou “onanie”. Quer seja um ou outro nome dado a essa compulsão, o importante é sabermos por que isso afeta a tantas pessoas. O que leva com que milhões de pessoas se entreguem a esse “vicio” que traz tantas consequências? Porque existem mulheres e homens que por não conseguirem se controlar, extrapolam seus limites, o limite de seu cartão de crédito e às vezes levam a si e a família ao desastre financeiro? O próprio nome já nos dá uma pista, pois quando falamos de compulsão em compras, podemos ler com-pulsão, e não desejo em compras. Trata-se portanto da pulsão. Esse “algo” que os pacientes em análise reconhecem como ”algo mais forte que a vontade”, algo que os “impele” a sair de casa e comprar. Às vezes n

Por que Psicanálise ?

Por que Psicanálise ? Psicanálise é uma terapia baseada na observação dos processos não conscientes que impulsionam os comportamentos e a vida emocional das pessoas. Estes fatores inconscientes podem causar sofrimento e descontentamento, por vezes manifestos por sintomas muito diversificados: tristeza e desânimo profundo, dificuldades relacionais no plano amoroso, familiar e também profissional. Uma vez que as causas são inconscientes, o conselho amigo ou familiar, a pesquisa pessoal de mais informação, embora úteis, acabam por não alcançar, frequentemente, resultados satisfatórios. O tratamento psicanalítico explora e clarifica como estes fatores inconscientes afetam os padrões de comportamento do presente e os relacionamentos atuais: uma análise aprofundada da história pessoal permite esclarecer aspectos originários, como se desenvolveram e transformaram no tempo, auxiliando o sujeito a lidar melhor com a realidade presente da sua vida pessoal. Quem mais pode beneficiar c

Sexo Compulsivo

Erotomania e a ninfomania são termos que indicam um exagero do desejo sexual por parte de um homem e de uma mulher. Tais quadros são cientificamente conhecidos como Desejo Sexual Hiperativo (DSH) e manifestam-se principalmente por desregulação ou falta de controle da motivação sexual. A pessoa espontaneamente apresenta um nível elevado de desejo e de fantasias sexuais, aumento de freqüência sexual com compulsividade ao ato, controle inadequado dos impulsos e grande sofrimento. Preocupa-se a tal ponto com seus pensamentos e sentimentos sexuais que acaba por prejudicar suas atividades diárias e relacionamentos afetivos. Em geral não apresenta disfunções sexuais (como ejaculação precoce ou impotência), funcionando relativamente bem como um todo. Engaja-se em atividade masturbatória ou no coito, mesmo sob risco de perder os seus relacionamentos amorosos (busca de alta rotatividade de parceiros) ou a própria saúde (Hepatite B e C, HIV). Quando tenta evitar e controlar o impulso para

Meu mundo caiu

  C.- Eu tenho 30 anos namorei por 6 anos e nesse espaço de tempo eu não prossegui com minha vida. Eu ficava em função da vida dele, não que ele fizesse com que eu agisse assim... eu é que vivia em função dele. Terminamos no final do ano passado e desde então não consegui me envolver com mais ninguém . Tive que viajar no mês passado e me encontrei com um rapaz que conheci pela internet, que me pareceu estar super interessado  mas depois de uma semana ele me aparece namorando uma garota. Estou péssima, nem sei se consegui te explicar o que estou sentindo e o que aconteceu comigo ou  melhor  o que esta acontecendo. To começando a sentir falta do meu ex. Não quero sentir isso. Mas o que vem na minha cabeça é que só ele pode me dar o que eu preciso, que não vou achar mais ninguém. Me ajude a entender isso. Resposta: O que está acontecendo com você é puro desamparo. O seu relato  indica que se anula quando está com um parceiro, vive a vida do outro . Essa fragilidade desmedida v

O que é o TOC ?

Considerado raro até há pouco tempo, o TOC ( Transtorno Obsessivo Compulsivo) é uma doença bastante comum, acometendo, aproximadamente, um em cada 40 ou 50 indivíduos. No Brasil, é provável que existam entre 3 e 4 milhões de portadores. Muitas dessas pessoas, embora tenham suas vidas gravemente comprometidas pelos sintomas, nunca foram diagnosticadas e mais dificilmente ainda, tratadas. Talvez a maioria desconheça o fato de esses sintomas constituírem uma doença para a qual, de uns anos para cá, já existem tratamentos bastante eficazes. O TOC é considerado uma doença grave por vários motivos: está entre as dez maiores causas de incapacitação, de acordo com a Organização Mundial de Saúde; acomete preferentemente indivíduos jovens ao final da adolescência e muitas vezes começa ainda na infância sendo raro seu início depois dos 40 anos; geralmente é crônica e, se não tratada, na maioria das vezes se mantêm por toda a vida. O TOC é o chamado transtorno das manias, são aqueles quadr

O que acontece num processo de análise ?

O inconsciente, em psicanálise, não é o mesmo que o contrário da consciência. É o que traz o selo das palavras escutadas na infância, dos significantes primordiais que marcaram o sujeito desde que ele nasceu, que tem relação com sua história familiar, com os costumes e o discurso de sua família, pois assim como os traços genéticos, eles também são transmitidos através das gerações. Sendo o Inconsciente um saber não sabido, um saber que o sujeito tem mas que não está acessível para ele conscientemente, ele necessita de um Outro - o analista – que o escuta e marca em seu discurso onde ele tropeça, o que ele repete e as “sabotagens” que se faz. E o sujeito consegue decifrar em análise seu sintoma, descobre a causa de seu sofrimento, o porquê de suas repetições, das rupturas dos laços afetivos, do uso de entorpecentes, das escolhas desastrosas, das doenças repetitivas, etc.   A análise possibilita que o paciente elabore um acontecimento, assim deixará de ser dominado pela repetição

Pânico

D.- ME ENCONTRO DESESPERADO POR CAUSA DE UM SERIO PROBLEMA DE DESCONTROLE EMOCIONAL. DEPOIS DE PERDAS DE FAMILIARES E DE UM ACIDENTE EM 2004 EU ADQUIRI UM SERIO PROBLEMA : NAO FAÇO REFEIÇÕES FORA DE CASA E NAO CONSIGO VIAJAR. SOU LIMITADO  HA UM CERTO TEMPO À RUA DO MEU PROPRIO BAIRRO E TAMBEM  NAO CONSIGO MAIS SAIR PARA FAZER TRATAMENTO PSICOLOGICO E PSIQUIATRICO,,,ESTOU CADA VEZ MAIS PRESO EM MINHA RUA OU MINHA CASA,,,SEMPRE TIVE MUITA SAUDE, SEMPRE TRABALHEI  ,,,,,NAO TENHO NENHUM TIPO DE VICIO,,,MINHA ANSIEDADE ESTA TAO ALTA QUE AS VEZES A RESPIRAÇAO TRAVA, SOME,  NAO CHEGA AO FUNDO DE MEUS PULMOES ...NAO QUERO MORRER AQUI NESTE LUGAR . ESTOU SEM CONDIÇOES DE IR AO MEDICO FAZER UMA SIMPLES CONSULTA PORQUE NAO VOU ALEM DE DUAS QUADRAS DO MEU BAIRRO. A ansiedade, muitas vezes combinada com o estresse pós traumático ou outros fatores, pode levar uma pessoa a se limitar à sua própria casa. As sensações de pânico, o medo de morrer são tão intensos que desencadeiam sintomas físicos

TRAUMA

O trauma é causado por um acontecimento estressante “que está fora da amplitude da experiência humana usual, e que seria marcadamente perturbador para quase qualquer pessoa”. Abrange as seguintes experiências incomuns: ameaça grave à vida ou integridade física; ameaça grave ou dano aos filhos, ao cônjuge ou a outros parentes próximos ou amigos; destruição repentina da casa ou da comunidade; ver outra pessoa que está ou foi recentemente ferida gravemente ou morta como resultado de um acidente ou de violência física” As pessoas traumatizadas são incapazes de superar a ansiedade de sua experiência, permanecem sobrecarregadas pelo acontecimento, derrotadas e aterrorizadas. Sintomas pós-traumáticos são fundamentalmente respostas fisiológicas incompletas suspensas pelo medo. Se o problema de descarga for repetidamente perturbado, cada estado de choque sucessivo irá demorar mais. Se a pessoa for incapaz de se orientar e escolher entre lutar e fugir, irá congelar ou colapsar. Se for c

O "outro" que nos habita.

Por que mesmo querendo fazer diferente algumas pessoas não conseguem? Porque não conseguem ser senhores de suas escolhas? Alguns buscam a resposta na ciência,  nas cartas de tarô, no horóscopo, no cosmo ou nas estrelas. Outros, inconformados e cansados de sofrer, munem-se de coragem (pois é preciso ter coragem para enfrentar os próprios fantasmas) e encaram uma análise.  Perguntam se é melhor tomar remédios, pois o problema pode ser um hormônio enlouquecido ou uma doença genética.  Geralmente a pessoa que sofre acredita que é mais fácil procurar culpados. E o culpado é sempre o outro: o pai, a mãe, o chefe, o namorado, a namorada, o gene, o destino ou uma molécula. Somente depois é que descobrem que esse outro que governa seus pensamentos, suas fantasias, suas escolhas, sua vida, é um outro dele mesmo. É um outro que “habita” dentro dele a ponto de fazê-lo tomar essa ou aquela atitude. Esse outro responde pelo nome de Inconsciente. Custam a acreditar que essa força, que é ma

Amor ou Paixão?

R.M.- Tenho 32 anos e ainda não sei diferenciar se estou só apaixonada ou se estou amando de verdade.Há 4 meses me relaciono com um cara que caiu de paraquedas na minha vida, logo depois que eu tinha acabado um namoro de mais de 3 anos.O que me amedronta é que no namoro anterior, foi decepcionante pra mim quando a relação estava no fim, era como seu eu estivesse com um estranho.Tudo nele era novidade pra mim, seu jeito mudou, seu comportamento, suas manias e defeitos ficaram tão à vista que não aguentei mais conviver com ele, morando junto.Brigávamos por tudo, ele me irritava demais e não fui capaz de descobrir porque não percebi isso antes. No começo achei que ele mudou, mas lendo algumas coisas sobre o assunto e acompanhando teus posts, me pergunto se não era eu que não enxergava por cegueira da paixão.Estou com medo de continuar e me dar mal, pois vejo no relacionamento novo tudo de bom, o homem na medida certa para mim, ele é perfeito.Não vejo nenhum defeito e isso me assusta.

Assumindo a homossexualidade

V.-Tenho 15 anos.Depois que assumi minha homossexualidade, tenho enfrentado problemas com o mundo.Chego a pensar que talvez seja a minha aparência, mas penso que tem a ver com meu caráter também.Em casa, o relacionamento com meus pais nunca foi 100% legal, agora então não chega nem nos 5%.. Na Escola os alunos parecem não ir com a minha cara, é triste... não tenho problema com nota, só que quando eles brigam comigo eu acabo indo mal na prova,.e isso me faz me odiar, sabe? Quando eu fico irritado com alguém banco uma vilã das novelas de globo, vivo querendo fazer maldades... é estranho, eu começo a querer empurrar os outros da escada.Minha vilã favorita é a Tereza Cristina de Fina Estampa. Preciso de alguém, não amorosamente falando, mas de um amigo, eu só tenho amigas.. Às vezes penso em me suicidar, mas não tenho coragem...o Problema em sí é como conseguir amigos de verdade, que não te usem e te botem para baixo? Detalhe:tento conhecer gente pela net, mas não dá...a maioria deles

Nem tudo o que chamam de amor é Amor.

L.M.-Tenho 49 anos, divorciada há 9 anos. Tive um relacionamento nos últimos 3 anos, que encerrei há pouco, depois de muito suportar. Já que conheci esse homem sabia que não daria certo, mas eu tenho uma necessidade absurda de não estar só e acabei tolerando absurdos só pra dizer que eu tinha alguém. É algo que me consome essa ausência. E eu estou sozinha de novo, tentando fazer coisas que não fazia há muito como academia, massagem, idas ao teatro, ao cinema, comprei vestidinhos novos... mas nada melhora meu ânimo... eu preciso de uma paixão, de um amor pra me sentir viva... é triste, mas eu não me basto! Ao mesmo tempo vou aos lugares e nunca vejo ninguém...Estou me sentindo velha, muito velha... como se a vida já estivesse no fim para mim... e eu não vou despertar interesse de mais nenhum homem.Essa sensação de fim de vida me arrasa.Todo dia tem sido um pesadelo viver. Tenho medo até de respirar...me ajuda, por favor. Resposta: Se o amor que desejamos e damos, não o damos a

Vício pela Internet

M.- Estou precisando de ajuda, sou uma pessoa que prefere o contato virtual ao pessoal, sou viciada na internet, não gosto de sair, mas se deixar fico o dia todo na internet e a noite também. Parece uma espécie de fuga, onde o vazio sentido parece ser preenchido de alguma forma. Já me afastei várias vezes, mas infelizmente acabei voltando. Sempre retorno pra sites de relacionamentos. Parece que evito contato pessoal, mas como não consigo preencher o vazio fico nessa fuga horrorosa. Me atrapalha a vida pessoal, a vida profissional, porque logicamente não estudo. Preciso de sua ajuda pra superar. Sinto culpada por isso e ao mesmo tempo nunca sobrevivo sem. Resposta: O vício pela internet hoje é considerado um problema psíquico, como qualquer outro tipo de dependência: bebidas, jogo, drogas, compras, alimentos,etc  Os principais sintomas envolvem: perder a noção do tempo online; não conseguir se concentrar em outras tarefas; isolamento da família e amigos; sentir culpa quando u

Desencontros

C.-Eu tenho 42 anos e fui casada durante 7 anos.. tenho duas filhas lindas.Depois da minha separacao que foi muito dolorosa(porque foi com a traicao da minha melhor amiga com o meu ex-esposo), me mostrei forte, mas hoje em dia sinto como isso atrapalha o meu relacionamento atual, pois sou muito ciumenta  e desconfiada. Ja estou nesse relacionamento ha 2 anos onde tambem tive a decepcao de ser traida, e alem dele nao ser uma pessoa comunicativa, nao temos muito dialogo ,ate o dia que tomei a decisao de voltar para o Brasil, onde as minhas filhas vivem com o pai.So que nessa altura ele comecou se demonstrar mais afetivo e tinha ate intencoes de casamento. Fiquei 6 meses no Brasil, mas tambem sofri a falta dele.Depois de 6 meses começamos a conversar pela net e resolvi voltar por causa dele.Sei que ele tem sentimentos por mim,que tambem esta muito magoado. Nao estou sabendo lidar com isso, pois ele me humilha muito com palavras.Tenho muito medo de nao saber lidar com isso,e tambem p

Família: as brigas cotidianas

M.R. O meu cotidiano tem a ver com seu post da "violência ou agressão psicológica", que as vezes, sinto que estou cometendo com minha filha, que mora comigo, e tem dois filhos , e que os mantenho em minha casa, dando abrigo e ajudando financeiramente. Nossas brigas cotidianas são constantes, principalmente, na maneira de como ela encara sua vida em relação aos filhos e da forma como mantem seus quartos com roupas jogadas no chão, suas e de seus filhos, com os guarda-roupas livres e sem nenhuma peça no seu devido lugar -  ela é a filha mais velha e a tal da ovelha negra, porém, é trabalhadora, não falta no serviço e se esforça em conseguir se libertar da minha tutela, porém, sem grandes conquistas. Te pergunto: Isto é algum problema de ordem psicológica ou desvio de comportamento? Resposta Antes de tudo, parabéns pela iniciativa de dar um passo para mudar a situação. Uma família funciona  numa dinâmica em que todos se afetam e provocam uns aos outros ações e reações,